[Ubuntu-BR] distros...

Andre Cavalcante andre.d.cavalcante em gmail.com
Quinta Maio 15 23:37:46 UTC 2008


2008/5/15 Hugo Leandro <leandro.alcapone em gmail.com>:

> Olá pessoal estou com uma curiosidade, que acho que vocês vão saber melhor
> que eu...Eu uso agora o ubuntu 8.04, ja usei o fenix por um tempo quando
> comprei o pc, e ja usei o debian, tudo isso pra conhecer mesmo saber como é
> e tal, de todos o que menos gostei foi o debian, mesmo o fenix sendo bem
> fraquinho, mas eu achei o debian muito desatualizado e tal, enfim...eu
> gostaria de perguntar pra vocês o seguinte, eu sempre vejo gente comentando
> sobre o ubuntu e tal, mas temos também o fedora, o mandriva, o suse, o
> slack, ou seja, será o ubuntu melhor, ou o que, para que passem a usar mais
> o ubuntu...será o suporte...? Já li muita coisa do tipo assim, é questão de
> gosto e tal, mas vocês vão saber melhor do que eu, em questão de suporte,
> estabilidade, segurança, reconhecimento do sistema e tal, quem é melhor,
> quem ganha e quem perde...pois eu acho estranho só ver noticias sobre
> ubuntu, será tão ruim assim as outras...obrigado a todos...


Meus dois centavos,

Acho que tá tendo um pouco de confusão aqui. O significado de uma
distribuição Linux.

O Linux é um SO (ou melhor o Kernel do SO). Sobre este núcleo são
desenvolvidas diversas aplicações. Hoje, noventa e tantos porcento das
aplicações disponíveis para Linux são GNU. Daí o sistema algumas vezes é
chamado GNU/Linux. Esse percentual tem diminuído.

O conjunto de aplicações mais ferramentas de configuração do sistema e as
interfaces gráficas formam a distribuição. Ou seja se você quiser você pode
fazer a sua distro (é só seguir a receita do LFS, por exemplo). Agora, as
diversas distribuições existentes nada mais são que uma coleção particular
de aplicativos que alguém achou melhor colocar que outras. Dizer que uma
distro é melhor que outra é meio esquisito porque eu posso instalar
praticamente todo o sistema do Ubuntu num Fedora e virce-versa. É claro que
isso irá "quebrar" a distro, isto é, perderei as "facilidades" que as
distros vendem (e é aí que elas ganham dinheiro, provendo serviços sobre o
software, ou mesmo vendendo certas coisas).

Quanto a suporte de hardware, quem dá esse suporte é o kernel. No máximo a
distro disponibiliza pacotes com módulos extras, como acontece com o ubuntu.
Mas mais uma vez, nada impede de você descompactar o restricted modules e
instalá-lo na mão em outra distro. Melhorou o suporte à hardware? Sim,
porque melhorou no kernel e, por conseguinte, todas as distros se
beneficiam. Quer realmente facilidade de uso? Não vi nada melhor que o
Mandriva atual. O problema é que eles tão meio perdidos do ponto de vista de
empresa e de futuro, mas é uma distro, por exemplo, que não precisa de
conexão à Internet para ser instalada, e já vem out-of-the-box os codecs e a
tradução para português melhor que eu já vi. Quer facilidade de instalação e
controle do sistema: SUSE na cabeça. Quer robustez, dizem que o Fedora é
show. Quer estabilidade: slack e debian. E por aí vai. O Ubuntu tem várias
coisas legais: um bom marketing, aproveitou-se do momento certo para
evoluir, conta com uma comunidade show de bola, e tem metas bem
estabelecidas, tem futuro, tem uma empresa forte por detrás e que tá fazendo
as parceriais certas. Mas não nos enganemos, se tirar tudo que não é
open-source das distros, ou seja, deixar o sistema 100% GPL, você vai ter
muitas dificuldades de uso, configuração etc. etc. etc.

Desculpa o e-mail longo, mas achei por bem dar meus dois centavos

André Cavalcante


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