[Ubuntu-PT 8332] Re: Projecto do Bloco de utilização de software livre aprovado

Carlos Alberto Ramos sacgois gmail.com
Terça-Feira, 14 de Dezembro de 2010 - 12:33:10 GMT


Quando se faz a certificação de um produto, quer dizer que alguém
responsável garante que esse produto cumpre com as regras estabelecidas para
a certificação. Se se garante que um medicamento tem determinado
componente,e alguém certifica que tem esse componente, o comprador tem a
cwrteza de que assim é. Confia.Quando uma entidade certifica um programa de
software, verificando que ele cumpre o caderno de especificações, o
comprador tem a certeza de que ele cumpre com essas especificações. Se for
um programa contabilístico, a entidade garante que ele cumpre com o que o
estado definiu (no caso em discussão). Quando o Estado quer receber em
suporte informático as informações contabilísticas de uma empreza, quer ter
a certeza de que essas informações são criadas de acordo com o plano que ele
definiu, o que implica que o programa que origina ou recolhe essas
informações não foi alterado conforme a conveniência do empresário.  Só vejo
duas hipóteses para o Estado resolver esta questão: ou ele fornece/vende
programas que dificilmente possam ser alterados/manipulados por alguém, ou
cria um grupo de funcionários para verificarem se as informações que ele
recebe estão de acordo com o que ele quer. É assim que eu entendo a questão
e não vejo outra alternativa pora esta situação.
Cumprimentos

No dia 14 de Dezembro de 2010 10:51, Joao Pinto <joao.pinto  getdeb.net>escreveu:

> 2010/12/14 Miguel Gomes da Costa <major.pipe  gmail.com>
>
> > Um código aberto permitirá supostamente, manipulação do código-fonte
> > do programa, e logo, abre a possibilidade da prática de fraude
> > (especulo??).
> > Como se um código-fonte proprietário não fosse crackável...pois sim.
> > Enfim, é uma questão de norma: as empresas e serviços do Estado não
> > podem (ou melhor, não devem) usar 300 programas ou ficheiros
> > diferentes para a mesma função, sem garantias de segurança,
> > fiabilidade, etc. É isso? Estou enganado?
> >
>
> Eu não sou entendido nesta matéria, mas quero crer que estás enganado, a
> certificação, presumo eu diz respeito a aspectos funcionais da aplicação, o
> que é será validado é a versão especifica de uma aplicação, óbviamente se
> utilizares uma versão alterada da aplicação que está certificada, esta
> poderá deixar de o ser, isso é algo que faz sentido seja o código livre ou
> proprietário.
> Por isso, no máximo a certificação deve restringir a capacidade de
> alterações ao programa por forma a garantir o cumprimento dos requisitos.
>
> A certificação de software devia obedecer a um princípio muito, muito
> > simples: interoperabilidade total e obrigatória com todos os sistemas
> > operativos, comerciais ou não. Problema resolvido. E de preferência,
>
>
> Não estou a ver em que é que esse requisito de interoperabilidade na
> certificação beneficia o estado.
>
>
> >
>
> que seja gratuito. Até as empresas lucravam com isso, bolas. Os mais
> > liberais andam muito preocupados em cortar custos dos despedimentos às
> > empresas, baixar o IRC e tal e tal, ou cortar as despesas com apoio
> > social do Estado, até ao tostão...mas depois deixam de fora a fatia da
> > aquisição e manutenção das licenças de software...haja coerência. Isto
> > irrita-me a sério.
> >
>
> Quais empresas é que lucravam com isso ? Não são certamente as software
> houses, essas sãs as  com maior influência no poder económico e político.
>
> Não vamos ter leis que apoiem a utilização/desenvolvimento do software
> livre
> enquanto não tivermos uma sociedade e politicos consciente dos seus
> beneficios.
>
> >
> > --
> João Luís Marques Pinto
> GetDeb Team Leader
> http://www.getdeb.net
> http://blog.getdeb.net
> --
> ubuntu-pt mailing list
> ubuntu-pt  lists.ubuntu.com
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