[Ubuntu-PT 5488] Re: Filtragem dos emails na mailinglist

[Flávio Martins]

Viva,

Permitam-me explicar.

2008/11/8 Jose Rocha <jocaferro  tux-linux.net>:
> 2008/11/8 Filipe Roque <flip.roque  gmail.com>:
>> Jose Rocha wrote:
>>> Fixe.
>>> Já escuso de andar a pensar "esta é a ML do Ubuntu, passa para texto,
>>> passa para texto,..."  :-)
>>>
>>
>> Julgo que o ideal é enviar sempre em modo texto, qualquer que seja o
>> destinatário.
>
> Como!?
> Que ideal!?
> Qual destinatário!?

Sim, todos os destinatários é um bom ponto de partida, principalmente
quando o destinatário é uma lista, e tens um elevado número de leitores.
Se enviares em HTML reduzes a audiência aqueles que usam um cliente de
email capaz de o ler. Não é isso que tu queres quando escreves para a lista.
Da mesma maneira não se envie email para a lista com uma codificação
não suportada por todos os clientes.
Este caso é equiparável a termos utilizadores da lista a escrever em chinês,
e termos de activar um filtro tradutor. Ou melhor, deixar os utilizadores
por si a terem de arranjar uma solução que faça a tradução.

>
> Não uso o GMail, apenas para esta ML mas sim para todas onde estou
> envolvido e desde já digo que não são poucas, para além de muitas
> outras aplicações.
> A ML de Ubuntu.pt é o único caso onde é proibido html. Como tal, é o
> único caso extraordinário!
> Apenas quando respondo à ML de ubuntu.pt é que tenho que andar a
> concentrar-me em "cuidado que isto é para a ML de ubuntu.pt"!

O filtro que foi activado transforma os emails que eventualmente enviares
sem querer em HTML/Richtext em plain text.
Se não fores extravagante com o uso do HTML, todos os emails serão
facilmente convertidos, restaurando assim a tua audiência ao total de
participantes na lista.
O uso de HTML é proibido em muitas mailing lists. As que não proíbem
expressamente, podem ter o mesmo filtro em funcionamento.

>
> Já que falamos de ideiais, esta imposição unilateral esbarra
> frontalmente com o ideal que eu presumo tendo em conta o principio da
> liberdade que tanto apregoo e mesmo contra todo o idealismo que deu
> origem ao movimento do Software Livre e Aberto.
> Respeito que esta ML não aceite textos em html mas respeitar não quer
> dizer que concorde ou apoie.
> Muito pelo contrário!

Aqui está uma afirmação extremamente forte, com exclamação e tudo.
Transmites a ideia que não compreendes que esta medida permite chegar
a todos e não só a alguns (software livre?). E acabas por implicar que todos
os utilizadores tẽm de usar clientes de email que suportem HTML,
invés da solução mais simples que é enviarmos todos em texto.

>
> Já agora gostaria de saber se existe por aqui alguém que ainda usa
> algum programa que não consiga ler html. É que o modo "apenas texto"
> já não faz sentido. Só fazia sentido numa altura em que muitos dos
> programas não "liam" html!
> Agora até os celulares o fazem e ainda andamos amarrados ao passado?
> O e-mail não tem qualquer evolução e vai pelo mesmo caminho do IRC!?
> Esta é uma forma de comunicação e hoje em dia podemos considerá-la
> como de excelência. É tanto de excelência que o GMail oferece contas
> gratuitas que no momento em que escrevo estas linhas já vai em
> 7.258MB. Para quê?

Não fazermos as coisas só porque podemos. Não é por
eu ter 7GB de espaço no gmail que os vou querer ocupar.
Até porque a google oferece esse espaço estando completamente ciente
que 95% dos utilizadores não o vão usar ao máximo.
E queres ver que agora temos todos conta no Gmail. Não temos mesmo.

> Para texto?
> Provavelmente sou o único a achar que o modo "apenas texto" é
> ridículo, mas pronto.

Nem toda a gente tem o luxo de poder aceder a estes meios através de um
programa em ambiente gráfico por variadíssimas razoes. Muita gente usa
cliente de email na consola, e o mesmo acontece com clientes de IRC.
Não é produtivo explicar agora os vários casos de uso.

>
> Eu já dei a minha opinião e por isso lanço o repto de justificares a
> tua opinião - "Julgo que o ideal é enviar sempre em modo texto,
> qualquer que seja o destinatário.".
> Pode ser que eu fique a perceber o porquê de tal, para mim ridícula,
> imposição em pleno século XXI.
>

E por favor,
vamos lá parar de esbarrar frontalmente com o que quer que seja.

Flávio