[Ubuntu-BR] Vírus no Linux??

Robson Dantas aguiar.rd em gmail.com
Quinta Fevereiro 25 03:23:58 UTC 2010


Ótima informação, eu só não entendo o "por que" que algumas empresas criam
anti-virus para Linux. Acho que seja para remoção de vírus em outras
plataformas e não para o Linux em si.
Vou aproveitar este texto e pesquisar mais na internet e colocar num
programinha para ficar no meu LiveCD que estou criando. O povo deve saber
sobre a segurança do sistema.

Grato

Em 24 de fevereiro de 2010 23:07, Darlan Dapper
<darlan.dapper em gmail.com>escreveu:

>  Vírus no Linux?
> Vida curta e difícilDerivado para o Português por
> Pedro A. D. Rezende
> <http://librenix.com/?inode=21>do artigo
> <http://librenix.com/?inode=21>publicado em Librenix por
> Ray Yargin
>
> Agosto de 2006
>
> ------------------------------
> Por que é que vírus de Linux não é mais do que um assunto para rodas de
> ciberpapo?  Por que é que os vírus para Linux não nos afetam do jeito que
> os
> vírus para produtos Microsoft afetam, a usuários do Windows em particular,
> e
> aos cibernautas em geral?
>
> Existem várias razões porque o assunto vírus-de-Linux é abobrinha. Quase
> todas elas já familiares para quem usa o kernel, quase todas elas ainda
> desprezadas por quem gosta de ser enganado (tagarelando abobrinhas tipo "é
> menos atacado porque é menos usado"). Mas há uma razão, muito importante,
> que estudiosos da evolução biológica podem apreciar. Antes, porém, devemos
> saber porque o Linux não dá mole para vírus.
>
> Para que um vírus infecte um programa executável num sistema com
> kernelLinux, numa distro GNU/Linux (Debian, Slackware, RedHat, Suse,
> Ubuntu,
> Kurumin, Mandriva, etc.) por exemplo, o executável precisa estar em arquivo
> com permissão de escrita para o usuário que esteja ativando o vírus. Tal
> situação é incomum. Numa instalação desktop, via de regra os arquivos
> executáveis têm como dono (owner) o administrador do sistema (root), e
> rodam
> em processo de usuário comum. Ou seja, a partir de uma conta
> não-privilegiada.
>
> Além do que, quanto menos experiente for o usuário, menos provável que
> tenha
> ele mesmo feito a instalação do executável, e portanto, que seja o owner do
> arquivo correspondente. Assim, os usuários de Linux que menos entendem dos
> perigos de infecção viral são os que têm pastas pessoais (diretório home)
> menos férteis para isso.
>
> Prosseguindo, ainda que um vírus consiga infectar um programa executável,
> sua missão de proliferar-se esbarra em dificuldades das quais os limites
> nas
> permissões do dono do arquivo infectado são apenas o começo (para neófitos,
> em sistemas com um só usuário, esses limites podem desaparecer se a conta
> root
> for usada descuidadamente). As dificuldades continuam nos programas para
> conectividade, por serem esses no Linux construídos conservadoramente, sem
> os recursos de macros em alto nível que têm permitido, por exemplo, a
> recentes vírus de Windows propagarem-se tão rapidamente.
>
> Esse conservadorismo não é uma característica do Linux, mas reflete
> diretamente importantes diferenças na base de usuários de plataformas
> livres
> e proprietárias. Diferenças na forma como essas bases atuam no processo de
> desenvolvimento, e na forma como a robustez e a popularidade dos programas
> é
> afetada por essa atuação, através dos respectivos modelos de licença e de
> negócio. Na forma, por exemplo, em que vacinas atuam. As lições aprendidas
> pela observação do que acontece no outro modelo servem, no modelo
> colaborativo, para vacinar não o software em si, mas o processo e a
> estratégia de desenvolvimento dos softwares livres, livres inclusive das
> estratégias de negócio de interessados que lhes sejam confiltantes.
>
> Aplicativos e sistemas baseados em Linux são quase todos de código fonte
> aberto. Devido à quase totalidade desse mercado estar acostumado à
> disponibilidade do código-fonte, produtos distribuídos apenas em formato
> executável são ali raros, e encontram mais dificuldade para firmar
> presença.
> Isso tem dois efeitos no ecosistema viral, se considerarmos que a
> propagação
> ocorre em formato executável. Primeiro, programas com código fonte aberto
> são lugares difíceis para vírus se esconderem. Segundo, a (re)instalação
> por
> compilação do código-fonte corta completamente um dos principais vetores de
> propagação dos vírus.
>
> Cada um desses obstáculos representa uma barreira significativa. Porém, é
> quando essas barreiras atuam em conjunto que a vida do vírus se complica.
> Um
> vírus de computador, da mesma forma que o biológico, precisa de uma taxa de
> reprodução maior do que a taxa de erradicação (morte), para se proliferar.
> Na plataforma Linux, cada um desses obstáculos reduz significativamente a
> taxa de reprodução. E se a taxa de reprodução cai abaixo do nível
> necessário
> para substituir a população erradicada, o vírus está condenado à extinção,
> nesse ambiente -- mesmo antes das notícias alarmistas sobre o potencial de
> dano às vítimas.
>
> A razão pela qual nunca vimos uma epidemia de verdade com vírus de Linux é
> simplesmente porque nenhum vírus conseguiu, até hoje, prosperar no ambiente
> que o Linux propicia. Os que já surgiram com esse alvo não são mais do que
> curiosidades técnicas (Staog foi o primeiro deles, e o único observado à
> solta, até 2005, foi o Bliss<
> http://math-www.uni-paderborn.de/%7Eaxel/bliss/>).
> A realidade é que não existe vírus viável para Linux.
>
> Isso, é claro, não significa que nunca possa haver uma epidemia viral
> envolvendo o Linux. Por outro lado, isso significa que o vírus precisaria
> ser muito inovador e bem arquitetado para ter sucesso prosperando nesse
> ecosistema (do Linux), que é hostil para código furtivo. E também, que
> outros especialistas possam entender a questão de maneira diferente (para
> outra perspectiva sobre o tema, tente esse
> artigo<http://freshmeat.net/news/2000/06/10/960695940.html>
> ).
>
>
>
> --
> Darlan Dapper
> ><))))°>
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