[Ubuntu-BR] Flame War proposital, leia se quiser (ERA: Foco no Nautilus quando em quickstart do openoffice)

Anderson Kaiser alpkaiser em gmail.com
Segunda Setembro 25 12:22:42 UTC 2006


>Concordo com seus comentários mas tenho uma visão bipolar sobre isso.
> >As faculdades são, mesmo muitas não querendo ser, formadoras da massa
> >pensante de nosso país (creio que por isso anda tão ruim nossa terra).
> Mas
> >existe um porém em números: o ensino universitário hoje é da ordem de
> menos
> >5% da população, ou seja, algo em torno de 9 milhões de brasileiros, [1]
> >sendo que estes números podem ser, em minha opinião formada pelas
> andanças
> >por nosso país, referentes as regiões sul e sudeste. Desta forma, se
> usarmos
> >somente esta "tática" para a disseminação do conhecimento livre,
> atingiremos
> >menos que o número de usuários de Internet de nosso país (algo em torno
> hoje
> >de 8 milhões).
> >
> >Entretanto, existem hoje cerca de 27 milhões de jovens nas escolas entre
> >ensino fundamental e médio as quais prefazem aproximadamente 15% dos
> >brasileiros. Nesta fase, principalmente dentro do ensino médio, muito dos
> >conhecimentos básicos são aprendidos e com uma facilidade maior que no
> >ensino superior.
> >
> >Então meu pensamento é o seguinte: é necessário ter duas frentes de
> >trabalho, sendo uma voltada ao estudante do ensino superior baseado
> >principalmente no desenvolvimento e utilização avançada do sistema e
> outra
> >voltada ao estudante do ensino médio onde este se ambientaliza por
> diversos
> >meios dentro do sistema. Com isso temos dois impactos distintos: 1)
> criamos
> >uma massa crítica que vai, após 3 anos estar na faculdade já sabendo o
> que
> >é, como funciona e para que serve e 2) o usuário avançado que irá dentro
> de
> >seu local de trabalho e/ou residência, escolher o que realmente é melhor.
> >


Bem, deixa eu dar meu pitaco nessa história. Acho que a solução do problema
não seria apenas colo car Linux em universidades ou então ensinar o jovem a
usá-lo (mas claro que isso adiantaria em muito) mas sim mudar a cultura de
quem ensina. Veja, uma faculdade monta um laboratório enorme de
computadores, e pensa. A maioria das pessoas que vão usar o laboratório
utilizam Windows, então vamos colocar Windows em todas as máquinas. Pronto,
problema resolvido. Não é assim que a maioria pensa?
Sem contar os tantos "administradores" que vemos por ai.
Ou seja, se a solução é educar o aluno de ensino médio e os universitários,
quem educará os educadores?


>Claro que a situação é utópica principalmente vendo os descalabros na mídia
> >periódica mas, não custa sonhar não é mesmo? :)
> >
> >Quanto aos empresários, concordo contigo e, tanto é verdade, que os
> deixei
> >de lado há algum tempo (vamos dizer que mudei o discurso). O interesse é
> >única e exclusivamente a redução de custos. Mas como vivemos em uma
> >sociedade capitalista, isso é aceito de bom grado (não que seja correto,
> >mas...)


 Nem sempre. Tem aqueles que, mesmo você apresentando calhamaços de
relatórios, propostas etc tem medo. Em um emprego anterior, fiz algo assim,
apresentei uma proposta para a mudança de alguns servidores a curto prazo e
de alguns outros a longo prazo para Linux. O que foi dito? Que nada, Linux
não funciona, Windows ta tudo certinho. Acabei descobrindo depois que ele
levou uma "pequena" multa pelos softwares piratas que possuia na empresa. E
olha que a maioria das estações tb eram Windows XP pirata.
É aquela velha história. Queria pintar o mato de outra cor, mas todos iriam
morrer de fome. ;->

>
> >Mas é claro que não. Para que faria isso?
> >Seria a mesma coisa que dizer que os EUM (Estados Unidos de Merda) querem
> >combater as guerras no planeta. E ai? Para quem a maior indústria de
> armas
> >do mundo vai vender? Para sardinhas?
> >
> >A pirataria para a Microsoft é o marketing mais barato que ela pode ter.
> Com
> >a "distribuição" gratuita de seus softwares, ela consegue que, cada vez
> >mais, usuários sejam adeptos de seus produtos. Esta tática inclusive é
> usada
> >pelo Ubuntu de uma forma similar quanto a distribuição de CD's e se
> mostra
> >tão funcional que em menos de dois anos a distro saiu do nada para ser a
> >mais falada em todo o mundo (se é a melhor, cabe a cada um dizer).


E isso não vem de agora, desde meados do lançamento do Win95 ela já fazia
isso. O pessoal comprava software barato e aprendia a usar somente o sistema
dela. É igual droga, causa dependência.

>Pois é... pois é.
> >E sabe o que me irrita? É eu ter que ficar com a bosta do Evolution
> >instalado dentro da máquina sendo que eu não uso. Só que devido a
> >"dependência" ele fica lá comendo espaço.


Me irrita isso também. Toda vez que sai uma atualização o OpenOffice eu fico
pasmo em ter que baixar 80 MB novamente. E, se quero baixar só o Calc, não
consigo pois tem que vir junto o Write, Draw etc (estou falando de pacotes
de atualização). Ou seja uma correção de 2MB me obriga a baixar o sistema
inteiro novamente. E, não é so no OO que vejo isso não.

>Eu estou tentando de todas as formas possíveis arrumar um sistema light
> onde
> >eu tenha somente o que quero e preciso mas está difícil. Tanto Windows
> >quanto Linux enfiam coisas dentro do sistema que somente deus e os nerds
> >sabem por que estão lá, mas não porque precisam daquilo. Por excesso de
> >zelo, complicam a vida do usuário.


 O problema é que se formos ver as "coisas de nerds" acabamos caindo no LFS,
o que seria a solução mais ideal, mas também é coisa de Nerds. Mas sei lá,
opinião própria.

>Bingo!
> >Nestas horas que me arrependo de não ter concluido o ensino superior.
> Olha
> >que maravilha de pensamento!
> >Eu sou o admin/sysop/chefe/doutor ou o que quiser usar do Mambo no
> Brasil.
> >Ele é um CMS muito, muito bom e que ano passado teve um fork em sua base
> por
> >causa de egos. Muita gente me pergunta: "mas porquê você não trabalha com
> >Joomla?" e eu respondo: "para quê?" Fatalmente a resposta é: "porque ele
> tem
> >mais gente usando".


 Por falar em ego, acho que foi mais por isso que essa thread surgiu. No
entanto, tenho uma opinião (que talves seria mais uma crítica à comunidade
Ubuntu). Aqui tudo é muito complicado. O pessoal sempre quer achar pelo em
casca de ovo. Pra criar uma documentação e enviar pra comunidade tem que
preencher o dobro de linhas de um formulário, esperar ser aprovado, depois
passar por uma revisão de 323 pessoas. Não vejo isso em outras comunidades.
Burocracia sempre vai existir, mas eu vejo, ao mesmo tempo que a
distribuição cresce a cada dia, a comunidade se fecha em si mesma, quem não
usa Ububtu é excluido, e quem c hega novo é escurraçado sem chance de
aprender se não decorar a documentação.

Anderson Kaiser
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