[Ubuntu-BR] Migração de Workstations para Linux

José Geraldo Gouvêa jggouvea em gmail.com
Quinta Novembro 30 02:15:23 UTC 2006


Em Qua, 2006-11-29 às 23:10 -0200, Olival Júnior escreveu:

> Parabéns! Vc acabou de desqualificar décadas de estudos psicológicos  
> sobre motivação, aprendizado, etc e tal . . . :-)
> 
> Cuidado com essas análises simplistas pq, na verdade, dezenas (ou  
> centenas? ou milhares?) de estudos sérios indicam q a opinião do  
> colega q enviou o outro e-mail está mais próxima da realidade do q a  
> sua. Eu tbém gostaria q tudo fosse simples assim e rotular quem não  
> se "adapta rapidamente" à minha tecnologia favorita como "perdedores"  
> e pronto, mas já vi o suficiente para confirmar as teorias q dizem q  
> não é bem assim q a coisa funciona.

Eu usei a palavra "perdedor" entre aspas justamente para indicar que não
a estava usando literalmente e nem absolutamente. 
 
> Sugiro q vc dê uma procurada no Google ou na WIkipedia sobre teorias  
> de motivação, pois há muita coisa interessante sobre o assunto q pode  
> mudar sua opinião. :-)
> 

Desculpe. Não sou psicólogo e estou falando de convivência diária. Tem
dias que a gente fica sem paciência com as coisas que nos dizem.
Desculpem pela grosseria desse comentário. Não quis ofender ninguém,
apenas lembrar que o conhecimento verdadeiro é amplo e inclusivo e que
há muitas pessoas que se apegam a pequenas porções de informação como se
fossem conhecimentos.

Você, como eu, já deve ter passado por essa experiência. Se não passou,
eu te relembro a sensação de ir tentar vender uma idéia a um cara e ele,
do alto de seu "conhecimento" te fazer uma pergunta do tipo "sistema
operacional é o que mesmo?" Não quero dizer que existam pessoas
absolutamente assim (embora eu conheça alguamas que estão tentando me
convencer do contrário), mas que o ser humano às vezes tenta ocultar
suas limitações apontando os defeitos no outro. Esse outro pode ser uma
pessoa ou um sistema operacional. 

Devemos, por isso, ter cuidado ao nos relacionarmos com todos, pois
desarmar as pessoas costuma causar atrito. Ninguém gosta de ver-se "nu"
e toda mudança nos "desnuda" um pouco, pois temos de voltar a aprender.
A experiência de aprendizado é uma experiência interativa, portanto ela
costuma ser melhor encarada por pessoas participativas.

Some-se uma pessoa acanhada, que detem um posto que lhe é confortável e
que baseia sua posição em certos conhedimentos duramente adquiridos e
você terá uma pessoa difícil de convencer a ser favorável. Partir para o
confronto (formatar e pôr Linux) não vai ser boa idéia pois você ganha
um inimigo. A melhor maniera é trazer essa pessoa para o projeto, de
preferência fazendo com que a idéia "seja dela" ou lhe dando um
posto-chave equivalente. O "chefe" (aquele que se acha em posição
preeminente)  não quer deixar de ser "chefe", e ele acha que as mudanças
abrem a possibilidade de ascensão de quem está embaixo. Portanto,
momentos de mudança precisam ser bem administrados para que as mudanças
sejam percebidas como graduais e não como ameaças.

Se isso não estiver melhor, lamento, só poderemmos continuar essa
discussão depois que eu voltar à faculdade e aprender a ser professor de
novo, pois a didática deve ter mudado muito desde então.

<isto é uma piada>
e P.S. confio mais na didática do que na psicologia: a porcentagem de
pessoas que aprendem coisas com a didática é muito maior que a de
pessoas que se curam com a psicologia.
</isto é uma piada>



-- 
José Geraldo Gouvêa <jggouvea em gmail.com>





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