[Ubuntu-PT 8352] Re: Projecto do Bloco de utilização de software livre aprovado
Miguel Gomes da Costa
major.pipe gmail.com
Quarta-Feira, 15 de Dezembro de 2010 - 01:05:25 GMT
Eu estou a achar esta discussão muito interessante - continuem.
2010/12/15 <madskaddie gmail.com>
>
> Eu não sou moderador da lista mas o tema da certificação foi um
> autentico thread highjacking!
>
> Daquilo que andei a ler[1, entre outros], não existe incompatibilidade
> entre o processo de certificação e o software livre. No entanto,
> parece que a lei teve mão da ASSOFT (a ESOP do software em geral,
> conhecida por ser um proxy das vontades da M$) e portanto existe uma
> posição bem definida de Produtor de software (vs Consumidor), o que é
> meio disparatado no mundo do software livre (onde passa a ser possível
> um "PRO-SUMIDOR"). Isto é, nada impede que haja uma licença livre. O
> estado é que impede versões modificadas não certificadas sejam usadas
> para emitir facturas (sobre uma perspectiva, parece-me algo tipo
> "mandatory tivoization").
>
> Agora, se na lei normal (aplicável aos procedimentos não informáticos)
> não há uma "software house" responsável, não me parece bem que passe a
> haver agora. Acho que os políticos perdem a noção da transposição da
> realidade dos regimes físicos para o mundo dos bits (tipo: escutas
> telefónicas não pode ser, mas monitorizar a net já não tem problema).
>
> No geral, parece-me que na prática o tema não é muito relevante,
> apesar da (filosófica?) visão da lei sobre a polaridade
> produtor-consumidor. Agora (e política partidária à parte),
> tratando-se do ministro das finanças, é natural que dada a sua idade
> não compreenda esta "novidade" (burro velho não aprende línguas) e
> seja especialmente permeável aos lobbies vindos de Redmon (ou direi
> Tagus Park?) e seus vassalos tugas.
>
>
> Acho que o João Neves é capaz saber algo sobre este tema q nos possa
> elucidar melhor ;)
>
> Gil Brandão
>
> [1] http://www.softwarecertificado.com/Default.aspx?action=ArticleViewer&target=422
>
>
> 2010/12/14 Joao Pinto <joao.pinto getdeb.net>:
> > 2010/12/14 João Santos <twocool.pt gmail.com>
> >
> >> Sim eu sei, mas eu estava a dizer que esta lei é tapar o sol com uma
> >> peneira, porque nada impede um produtor de software de colaborar com uma
> >> fraude, se as finanças estão à espera de poupar trabalho na detecção de
> >> fraudes, não vão resolver grande coisa.
> >
> >
> > Não há nenhum sistem anti-fraude infalível, o objectivo da certificação é
> > minimizar o risco. Por exemplo, ao obrigarem à assinatura dos dados com uma
> > das aplicações certificadas garantem que os dados são entregues às DGCI
> > conforme criados pelas aplicações, sem alterações à postriori por terceiros.
> > Partindo do principio que o formato dos dados é uma especificação pública,
> > seria fácil a sua alteração, a assinatura torna o processo mais seguro. Não
> > protege contra erros/fraudes da software house mas protege contra terceiros.
> > Para além disso, no caso de serem detectadas irregularidades permite
> > responsabilizar a software house.
> >
> >
>
> --
> "
> It can't continue forever. The nature of exponentials is that you push
> them out and eventually disaster happens.
> "
> Gordon Moore (Intel co-founder and author of the Moore's law)
>
> --
> ubuntu-pt mailing list
> ubuntu-pt lists.ubuntu.com
> https://lists.ubuntu.com/mailman/listinfo/ubuntu-pt
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