[Ubuntu-BR] [OT] Marco Civil da internet

Paulo de Souza Lima paulo.s.lima em varekai.org
Terça Março 25 18:51:44 UTC 2014


Paulo de Souza Lima
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Curitiba - PR
Linux User #432358
Ubuntu User #28729

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*Onde há Consciência não há necessidade de leis.*


Em 25 de março de 2014 15:27, Andre Cavalcante <andre.d.cavalcante em gmail.com
> escreveu:

> Olá novamente Braune,
>
>
> Em 25 de março de 2014 13:52, Braune Bastos <elbrunico em gmail.com>
> escreveu:
>
> > André, você está partindo da uma visão ideólogica de livre mercado que
> deve
> > ter lido em algum livro de autoajuda. O que eu disse é que os serviços em
> > questão só não são piores porque existe algum tipo de regulação com base
> na
> > lei. A mesma lei normatiza a existência de "bons restaurantes", que
> > deveriam ser fiscalizados pela Vigilância Sanitária;
>
>
> (que não faz o seu serviço, diga-se de passagem)
>
> O que permite existirem bons restaurantes é simplesmente uma lei econômica:
> a lei de oferta e demanda.
> Há demanda para bons restaurantes, isto é, gente que quer pagar para comer
> fora de casa. E há gente
> que abre um negócio de vender comida fora de casa. Simples assim. Se eu não
> gostar do restaurante ou
> a comida me fizer mal, busco outro. Porque dá certo? porque realmente tenho
> diversas opções.
> Após algum tempo, o próprio mercado filtrou os restaurantes ruins.
> Ainda há restaurantes ruins? Sim, há. Mas, sem dúvida tenho a opção de não
> usar um mal restaurante.
>
>
>
É... O que você aprendeu em algum lugar é assim mesmo. O que não significa
que seja verdade.


>
> > e os computadores que
> > você pode escolher são vendidos a prestação nas Casas Bahia porque as
> > empresas que os montam têm incentivos legais para produzir artigos de
> > informática no Brasil.
> >
>
> Não somente das Casas Bahia. Há uma infinidade de lojas que vende bens de
> informática e inclusive computadores importados. Também posso comprar pela
> internet. Novamente, o que escrevi é sobre opções. Nesses dois mercados
> temos opções.
>
>
>
> >
> > Você acusa o Marco Civil de restringir liberdades e chamou outro colega
> > aqui de "totalitário", mas quem eu vi desvirtuar informações para
> sustentar
> > seu ponto de vista foi você.
>
>
> Sim, o Marco Civil, no momento que exige que os provedores não possam fazer
> arranjos em virtude do tipo de tráfego que vai em suas redes, está
> limitando a liberdade: está limitando a minha escolha de pagar mais para eu
> ter a Netflix com prioridade em minha casa, um serviço que eu uso bastante
> porque gosto de ver filmes em minha tv. Também estará limitando a sua
> liberdade de pagar mais para usar outro serviço qualquer. Só não estará
> limitando a liberdade do governo em invadir a nossa privacidade (um dos
> artigos trata exatamente da guarda de informações, por parte dos
> provedores, e com acesso pelo governo, de dados relativos às minhas
> conexões).
>

Não está. essa é a versão do substitutivo.


>
>
>
> > Saia do armário e diga que você é um defensor
> > da desregulação econômica (nem cogito usar o "palavrão" neoliberal").
>
>
> Pelo jeito cê precisa estudar um pouco de filosofia política: neoliberal é
> dito daqueles que se dizem liberais, mas defendem o novo (daí o neo no
> nome), mas este novo é extremamente antigo (foi colocado em prática pelo
> Musoline na Itália na década de 30) e se trata exatamente do que você está
> defendendo atualmente: que o mercado seja controlado pelo governo.
>
> Eu sou um libertário, ou, para alguns, um liberal clássico: eu defendo o
> livre mercado, mas o livre mercado mesmo, sem o governo ficar dando
> dinheiro dos impostos (meu dinheiro), nem concessões, nem nada dessas
> presepadas para suas empresas favoritas.
>
>
Não está agindo como libertário. Está agindo como Neocon. E Neoliberalismo
é uma invensão dos neocons norte-americanos.

Se você quer ver verdadeiro libertários, acompanhe Ron Paul, Rand Paul e
Bernnie Sanders. Se você quer acompanhar neocons disfarçados de
libertários, acompanhe Joe Biden, Goerge W. Bush e correlatos.


>
>
> > Pra
> > mim, governo não é essencialmente bom ou mau.
>
>
> Não, o governo é essencialmente mau. Ele nasceu quando alguns, sob a
> desculpa de proteção, adonaram-se do poder de decidir o que é melhor ou
> pior para o restante da população de um determinado território,e passaram a
> "cobrar" por essa segurança e pelas decisões (os impostos). Qualquer
> semelhança com a máfia não é mera coincidência. No passado o governo era
> justificado pelo fato de o soberano ser um "deus vivo" (faraós), depois
> pelo sangue nobre ("reis") e hoje porque foi eleito pela maioria ("o
> presidente").
>
>
Contradição detetada. Os libertários não são contra o governo, nem contra
as regulamentações. Eles são contra a excessiva intervenção do governo na
vida do cidadão. Entenda por cidadão "pessoa física". A "pessoa jurídica",
que você diz ser eficiente quando há concorrência, foi "criada" no final do
século XIX, quando empresas se utilizaram de uma lei que garantia aos
ex-escravos norte-americanos o reconhecimento como "pessoa", para
argumentarem que também seriam "pessoas". O movimento libertário é contra
tanto a intervenção governamental, quanto a intervenção corporativa na vida
dos cidadãos.


>
>
>
> > Não tenho a mesma visão
> > positiva do "mercado", porque nunca vi empresa nenhuma priorizar o
> cliente
> > sobre o seu lucro.
> >
>
> Se não priorizar o cliente, não vende, se não vende, não tem lucro. Quem é
> empreendedor sabe disso. O objetivo é a venda e para vender, tem que vender
> o que o cliente quer. Se a padaria da esquina não presta, vou a uma outra
> mais a frente. Se aquela não vende, com o tempo, fecha. Só é diferente
> justamente nos mercados onde o governo se mete e passa a faze concessões,
> financiamentos etc. etc. etc.
>
>
Isso é retórica vazia. Estamos falando de grandes multinacionais
controladas por grandes bancos estrangeiros. Não do seu zé dono da padaria
da esquina. Multinacionais não usam essa lógica, elas usam a lógica da
selva.


>
> >
> > Por fim, tenho vergonha de ver um brasileiro reclamar que a saúde é
> > "totalmente socializada pelo SUS", que tem suas falhas mas presta grande
> > serviço a boa parte da população.
>
>
> Uai, e não é? Por um acaso alguém, individualmente, paga alguma coisa para
> ter acesso à saúde no Brasil? Não, então a saúde é socializada, isto é,
> paga pelo conjunto da sociedade. Essa de que tem falhas já é uma
> constatação sua - eu não entrei nesse mérito.
>
>
Eu pago.


>
> > E dizer que só a Petrobrás produz
> > petróleo no Brasil é mais uma prova da sua ignorância.
> >
>
> Não precisa acreditar em mim não, clica aí na globo (que é "amiga do rei")
> (matéria do ano passado):
>
> http://oglobo.globo.com/economia/consumo-producao-de-petroleo-no-brasil-subiram-dez-vezes-mais-que-refino-em-dez-anos-9498308
> .
>

Não quer que ecreditemos em você mas quer que ecreditemos na Globo. Prefiro
acreditar nas minhas próprias conclusões, baseadas nas informações que eu
mesmo pesquisei.


> : "Adriano Pires aponta que qualquer tentativa de abertura de novas
> refinarias por investidores privados seria também prejudicada pela política
> de preços, que torna desvantajosas as margens de lucro desta atividade. — O
> Brasil tem 16 refinarias, todas estatais. Os Estados Unidos têm 144, quase
> todas privadas. Pela lei 9.478/97, qualquer empresa pode solicitar a
> abertura de uma refinaria. Mas porque vai fazer isso se a margem é
> negativa?"
>
> O problema é que a gente vai para o lado emocional muito fácil e é aí que o
> PT entra e se torna o rei. Mas, na real, a coisa é mais séria do que se
> pensa.
>

Agora começou o sectarismo político... Melhor encerrar a conversa.


>
> Abraços.
>
> --
> André Cavalcante
> Manaus, AM., Brasil
>
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> http://pt-br.libreoffice.org/).
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