[Ubuntu-BR] Ubuntu Unity: (des)unindo uma comunidade

Celio Silva celiosidneisilva em gmail.com
Sábado Setembro 10 03:19:46 UTC 2011


  Enviado para você por Celio Silva através do Google Reader: Ubuntu
Unity: (des)unindo uma comunidade via Orgulho Geek de Kadu em 09/09/11

Durante muitos anos, as interfaces que vinham nas distros Linux eram um
pouco mais pobres que as de outros sistemas não-livres. Muito se
reclamava da “feiura” do sistema, mas pouco se fazia para melhorá-la.
As coisas ficavam mesmo nas mãos de usuários que criavam
“customizações” de seus Desktops e compartilhavam em sites como
GNOME-look.org e KDE-Look.org.

Aí, veio o time do KDE e mudou toda a interface, adicionou um renovado
framework e voilá! Boa parte da comnunidade ficou, desculpem o modos,
“putinha”, e se virou contra o KDE 4. A Canonical, que desde o começo
com o Ubuntu usava o GNOME, tinha certos problemas com a fundação
GNOME, pois tinha ideias que considerava legais, mas a galera do GNOME
não achava e não aceitava implementá-las. Daí, surgiu uma diferença no
GNOME que vinha no Ubuntu e daí, começou a brotar uma nova interface: O
Unity.



O Unity veio bem em tempos de lançamento de uma nova versão do GNOME,
com interface remodelada, novos efeitos firulas, mas a Canonical já
tinha decidido implementar o Unity em sua distro padrão e então começou
um “mimimi” na comunidade Linux: aqueles que não aceitam mudanças
ficaram furiosos com a nova interface, e queriam que o Ubuntu
continuasse com a mesma interface de um sistema de dez anos atrás.

O Ubuntu está bonito, está funcional e está cada dia mais completo, mas
há um detalhe que as pessoas que não gostam de mudanças tem que colocar
na cabeça: o Linux é livre, o Ubuntu é livre. Se você não gosta de
inovação (e pode ter certeza, se você gosta de usar sempre a última
versão do sistema, A INOVAÇÃO SERÁ TESTADA EM VOCÊ!), pode continuar a
usar as versões mais antigas do Ubuntu, como a LTS (Long Term Support)
10.04, ou a última com o ambiente padrão do GNOME 2, o Meverick Meerkat
10.10 (que é muito estável, por sinal).



Dizer que o Unity reduz a produtividade é uma grande desculpa
esfarrapada. Existem diversas teclas de atalho para facilitar a
utilização do sistema. Este texto, por exemplo, para ser escrito no
Writer, foi preciso pressionar a WinKey (Super, para os
“evangelizados”) e digitar “writer”, pressionar Enter e pronto. O
editor de textos já estava aberto. Muito mais rápido que ir em
Aplicativos > Escritório > LibreOffice Writer, não é mesmo?



Li um comentário em um site português de tecnologia, que quem “manda é
o cliente. Se o cliente não gostou do produto, a empresa deve retornar
à versão antiga, ou ela não respeita o cliente”. Não é assim. Isso, às
vezes significaria que a empresa teria de se ater ao que os clientes
“conservadores” querem e parar a inovação. Isso é “uma faca de dois
legumes”.

Existem opções para quem não gostou do Unity. Manter uma versão mais
antiga, migrar para outra distro, usar um comando “fallback”. De todas
elas, pode ter certeza de uma coisa: você continua sendo livre para
escolher, livre para discordar, mas não é livre para barrar o progresso
e a inovação.

Filed under: Hardware & Software Tagged: Gnome, Open Source, Ubuntu,
Unity
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