[Ubuntu-BR] Os perigos do Google como único filtro da realidade

Rogério Martins rogmartins em gmail.com
Sábado Fevereiro 5 17:35:10 UTC 2011


Apesar de fazer uso de vários serviços gratuitos que o google disponibiliza,
inclusive o buscador, eu concordo com a essa tese de que é perigoso termos
apenas um buscador de informações dominando a internet.
Isso se parece com a história da M$ dominar os PCs ao redor do mundo com o
seu sistema operacional.
Tudo que vira monopólio vai contra as regras da democracia.
É preciso ter direito de escolha !

Em 5 de fevereiro de 2011 15:23, Renato Alvim <renato.alvim em gmail.com>escreveu:

> Excelente matéria!
> repassarei a todos, para alertá-los, se me permitir.
> Citando as fontes, claro.
>
> Em 5 de fevereiro de 2011 14:17, Misael <mtorresmbr em gmail.com> escreveu:
>
> > http://revolutas.net/index.php?INTEGRA=514
> >
> > Os perigos do Google como único filtro da realidade
> >
> > Procurar qualquer coisa naquele retângulo mágico do buscador Google. Se
> > não aparecer nada talvez “a informação que buscamos não exista”. Será?
> >
> > Silvio Mieli
> >
> > “No início do terceiro milênio, estamos diante de uma situação única na
> > história, que faz com que uma corporação privada da América determine a
> > maneira pela qual buscamos informações”. Assim começa a primeira parte
> > da “Pesquisa sobre os perigos e oportunidades apresentados pelos
> > programas de busca na internet (Google, em particular)”, desenvolvida ao
> > longo do ano passado pelo Instituto de Sistemas da Informação e
> > Computação da Universidade de Tecnologia de Graz, na Áustria. O projeto
> > foi coordenado pelo Prof. Hermann Maurer e financiado pelo Ministério
> > austríaco dos Transportes, Inovação e Tecnologia – o estudo completo
> > pode ser baixado aqui:
> > http://www.iicm.tugraz.at/iicm_papers/dangers_google.pdf
> >
> > A pesquisa questiona uma atitude natural dos usuários da intenet:
> > procurar qualquer coisa naquele retângulo mágico do buscador Google. Se
> > não aparecer nada talvez “a informação que buscamos efetivamente não
> > exista”. Será?
> >
> > O objetivo do trabalho, cujos resultados foram pouco divulgados pela
> > mídia corporativa, é demonstrar o comportamento monopolista da empresa
> > Google, além de denunciar o que os pesquisadores chamaram de “Síndrome
> > Google de Copiar e Colar”. Trata-se da emergência de uma geração de
> > “pesquisadores” que limitam-se a fazer uma colcha de retalhos de
> > informações pinçadas no Google, travestidas de trabalhos escolares ou
> > acadêmicos, sem ao menos citar as fontes.
> >
> > A apresentação da pesquisa austríaca vai direto ao ponto: “para qualquer
> > um que encare a questão fica claro que o Google acumulou um poder que
> > acabou se constituindo numa ameaça à sociedade”, já que transformou-se
> > na principal interface entre a realidade e o pesquisador na internet. O
> > Google tem o monopólio dos programas de busca e invade massivamente a
> > privacidade das pessoas. Sem enfrentar limitações de qualquer natureza,
> > o Google conhece particularidades dos indivíduos mais do que qualquer
> > outra instituição, “transformando-o na maior agência de detetives do
> > planeta”. A influência do Google na economia é direta, principalmente na
> > maneira pela qual os anúncios são exibidos (quanto mais a empresa pagar,
> > maior visibilidade o anúncio terá). Aliás, parte do seu faturamento,
> > superior a 16 bilhões de dólares em 2007, deve-se à sua estratégia de
> > publicidade online através dos links patrocinados.
> >
> > Hierarquia
> >
> > Desde o primeiro programa de buscas na internet, o Altavista, lançado em
> > dezembro de 1995, vive-se a sensação do dado bruto transformar-se em
> > conhecimento, em informação viva. Com o aparecimento do Google, fundado
> > em 1998 pela dupla Larry Page e Sergey Brin, jovens doutorandos da
> > Universidade Stanford, na Califórnia, passou-se para um outro patamar de
> > programas de busca. Brin definiu que as informações na web deveriam ser
> > organizadas numa hierarquia de popularidade. Ou seja, quanto mais um
> > link leva a uma página específica mais a página merece ser ranqueada nos
> > resultados do programa de busca. Outros fatores, como o tamanho da
> > página, número de mudanças, atualizações constantes, títulos e links no
> > texto foram incluídos na programação (algorítmo) do Google. Lentamente o
> > programa implantou um processso de hierarquização das informações que
> > passou a ser aceito sem contestações. Em março de 2007 o Google atingia
> > 53,7% do mercado dos buscadores da rede (segundo dados da Nielsen/
> > NetRatings).
> >
> > Considerando-se que muitas das informações que circulam na internet
> > partem de indicações do Google ou da Wikipédia (a grande enciclopédia de
> > conteúdo “aberto” da internet), Stephan Weber, co-autor do projeto da
> > Universidade de Tecnologia de Graz, denuncia uma espécie de
> > “Googlarização da realidade”, já que existem fortes indícios que o
> > Google e a Wikipédia operam a partir de uma espécie de parceria. Os
> > pesquisadores escolheram ao acaso 100 verbetes em alemão e outros 100 em
> > inglês do índice de A a Z da Wikipédia e colocaram estas palavras-chave
> > em quatro grandes programas de busca (Google, Yahoo, Altavista e Live
> > Search). O Google registrou 91% dos resultados das entradas da Wikipedia
> > (em alemão). Para os sites em inglês os resultados atingiram 76% de
> > registros no Google. “Parece evidente que o Google está privilegiando os
> > sites da Wikipedia em seu ranque”, concluiu a pesquisa, seguida pelo
> > Yahoo (56% em alemão e 72% em inglês).
> >
> > Plágio
> >
> > A segunda seção da pesquisa dedica-se à emergência de uma nova técnica
> > cultural e suas implicações sócio-culturais: o plágio (a tal síndrome do
> > “Copiar e Colar”) e suas relações com os conceitos contemporâneos de
> > propriedade intelectual. O estudo cita o caso de um ex-aluno de
> > psicologia da Universidade Alpen-Adria de Klagenfurt, na Áustria, que
> > elaborou a sua tese de doutorado com mais de cem fragmentos copiados da
> > internet. As primeiras páginas da tese eram uma colagem de vinte sites,
> > muitos dos quais sem o menor rigor científico. Diante do plágio, a
> > universidade passou a aplicar um software alemão de detecção de cópias
> > chamado Docol©c (http://www.docoloc.de/), cujos resultados ainda estão
> > sendo testados.
> >
> > A proposta prática da pesquisa é a de reduzir a influência do Google a
> > partir do desenvolvimento de outros programas de busca especializados na
> > Europa, desvinculando a hierarquia comercial do livre fluxo de dados
> > públicos que circulam pela internet.
> >
> > Assim como o estadunidense Gerg Venter, dono da empresa Celera, pretende
> > mapear o código genético de tudo o que é vivo para patentear e vender, o
> > Google parece querer codificar todas as informações circulantes no
> > planeta, segundo critérios que nem sempre privilegiam o interesse
> > público. Mais do que enfatizar o Google como “a empresa do séc.XXI”, a
> > Universidade de Granz presta um grande serviço ao conscientizar os
> > internautas dos limites e perigos dessa estratégia e, ao mesmo tempo,
> > conclama os pesquisadores a uma ação imediata que impeça a
> > “googlalização da realidade”.
> >
> > Silvio Mieli é jornalista e professor da faculdade de Comunicação e
> > Filosofia da Pontifícia Universidade Católica (PUC - SP).
> >
> > Brasil de Fato - 03/06/2008
> >
> >
> > FONTE:  Brasil de Fato
> > SITE: www.brasildefato.com.br
> > PUBLICAÇÃO:  10/06/2008
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> > Misael
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