[Ubuntu-BR] Mark Shuttleworth: a Microsoft produz softwares fantásticos . . .
Olival Júnior
olival.junior em gmail.com
Terça Maio 22 21:01:16 UTC 2007
Wagner escreveu:
> É por isso que é Livre, para dar a liberdade de escolha. E como foi dito
> acima, Mark não é Stallman que vive de filosofia..
É claro q todos são livres para escolher o q bem entenderem, dentro dos
limites da lei.
Mas, acho q há uma confusão q se espalha muito por aí: o Movimento
Software Livre *não* é sobre "liberdade de escolha". É sobre a sua
liberdade de usar, estudar, alterar e redistribuir um programa.
Uma conseqüência interessante disso é a liberdade de escolha em relação
a determinados produtos, mas não espere ninguém da Free Software
Foundation defendendo a sua liberdade de usar software proprietário.
Como alguém já disse depois desta msg, há diversas implicações morais
indesejáveis no uso de software proprietário.
Mas, se sentir atingido por isso é outra questão. É mais ou menos como
baixar filmes e música via bittorrent: quase ninguém q faz isso sente q
está "roubando" a propriedade de alguém, embora seja bem claro q isso é
um crime aos olhos da lei. Ou, pegando um exemplo mais corriqueiro,
andar bem acima do limite de velocidade de uma via: boa parte aqui (q
dirige, ao menos) deve fazer isso, mas duvido q alguém se sinta
"criminoso" com isso (até o dia em q atropelar alguém pq o limite de
velocidade da via era realmente o limite para q o tempo de reação do
motorista fosse suficiente).
A facilidade de instalação e configuração do Ubuntu realmente atraiu
muita gente q não está nem aí pros valores do Movimento do Software
Livre. Gente q vivia usando MS Windows e queria apenas uma alternativa
(e achava o MacOS X rodando em hardware Apple muito caro).
Mas, não dá pra esquecer q foram esses "puristas", esses "radicais
livres" q criaram e ainda mantém o Debian, base do Ubuntu q tantos aqui
gostam. E foi justamente o "radicalismo" dessa galera q permitiu ao
Movimento Software Livre atingir a massa crítica necessária para deixar
de ser um movimento de gueto e se tornar uma força q tem influência
direta sobre a indústria de software.
Nada necessariamente contra quem não tem nada contra software
proprietário, mas vamos dar os créditos a quem de direito.
[ ]s,
olival.junior
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