[Ubuntu-BR] pacotes quebrados (aproveitando polemica eric raymond)

[José Geraldo Gouvêa]

Em Seg, 2007-02-26 às 01:14 -0300, Lucas Arruda (llbra) escreveu:
> Por algumas horas teve um update, ano passado que fez o X
> nao iniciar. Em questao de hora, eles consertaram. Nesse meio
> tempo reverti meu X. Nada que afete tanto ambientes de producao.
> 
> Fora isso, nao vejo um fato que tenha comprometido o Ubuntu,
> e tambem podemos ver que toda equipe tem uma grande agilidade
> quando se trata de resolver problemas e principalmente falhas de
> seguranca (ano passado o Ubuntu deteve o melhor tempo, a frente
> das outras distros).
> 
> -- 
> Lucas Arruda
> lucasarruda.com

Também aproveitando a polêmica:

Concordo com muitas das críticas feitas pelo Eric e poderia fazer
outras: já fui usuário de Fedora e desde que migrei para Ubuntu minha
vida tem sido muito mais fácil.

O que não concordo é que ele tivesse o direito de dizer o que disse, da
maneira como disse. 

Eu, como usuário, posso desancar qualquer distribuição que tenha usado,
dizer horrores de qualquer programa -- afinal, é apenas minha opinião
pessoal.

Mas o Eric, por ser empregado da RH e por estar sendo contratado pela
Linspire, não poderia fazer nada disso, por uma questão ética.

Imagine se amanhã eu arranjo um outro emprego, peço demissão do Banco do
Brasil e saio dizendo gatos e lebres a respeito dele? O que ficarão
pensando de mim as pessoas com quem convivi dentro da empresa e com quem
eu nunca havia manifestado tais críticas de forma tão violenta? O que
pensarão de mim as pessoas que sabem que durante anos ganhei a vida no
BB e tive muitas oportunidades profissionais graças a isso?
Principalmente o que pensará de mim meu novo empregador ? Ele sentirá
que sua imagem está segura quando pensar que um dia eu talvez também
saia para outro emprego?

Pessoas públicas precisam pesar pacientemente as palavras.
Principalmente Eric, que é uma voz influente no mundo Linux.

Não estou questionando a validade de suas críticas, mas o estardalhaço
que fez em torno delas e a maneira como as fez.

Existem algumas pessoas que estão comparando o que Linus disse sobre o
Gnome (que é endossado por mim, não que isso valha alguma coisa) a esse
episódio, mas há uma diferença: Linus não é empregado de uma suposta
empresa que produz o Gnome, ele é usuário e --na qualidade de usuário--
tem direito de fazer críticas de forma mais contundente. Principalmente
porque existem certas "vacas sacradas" no mundo Linux que ninguém
critica, o Gnome era uma delas.
-- 
José Geraldo Gouvêa
--
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